O gabinete italiano aceitou um pedido do Ministério do Patrimônio Cultural e Atividades para cancelar as aprovações concedidas pelo governo regional do Lazio para dois projetos fotovoltaicos de grande escala.A área de Tuscia, no Lazio, é um potencial centro solar para o sistema de energia italiano.
O gabinete italiano decidiu cancelar as autorizações concedidas em 2019 pelo governo regional do Lazio para a construção de dois projetos fotovoltaicos de grande escala na área histórica de Tuscia, na província de Viterbo.
O conselho de ministros italiano disse na quinta-feira que os dois projetos seriam construídos nos municípios de Tuscania e Montalto di Castro.Eles foram aprovados pelo governo regional em março e maio de 2019, respectivamente.No entanto, o gabinete disse aceitar a decisão de anular as aprovações a pedido do Ministério do Património e Actividades Culturais.
A área de Tuscia é conhecida por ter abundante capacidade de conexão à rede, devido à presença da única usina nuclear da Itália, agora desativada.Também abriga algumas das maiores usinas fotovoltaicas da Itália, incluindo uma instalação solar de 84 MW, concluída em 2010, e os primeiros projetos solares em escala de utilidade com paridade de rede do país - construídos pela Octopus Investments, com sede no Reino Unido, em 2017.
De acordo com uma lista compilada pela Assotuscania, que se opõe aos empreendimentos por motivos agrícolas, havia 1,36 GW de capacidade solar em desenvolvimento ou em processo de aprovação até o final de agosto de 2019. Os dois projetos cancelados pelo governo italiano provavelmente estão incluídos no lista.
O maior dos 22 projetos listados em desenvolvimento é uma instalação solar de 187 MW planejada pela E-Solar Srl perto de Tarquinia.O segundo maior projeto é uma usina solar de 150 MW a ser desenvolvida pela DSC Srl na Tuscania.A terceira e quarta maiores matrizes, com capacidades de 113 MW e 112 MW, serão construídas no território de Montalto di Castro, pelos desenvolvedores Solar Italy 3 Srl e Solar Italy 4 Srl.
Não está claro se a nova medida reflete apenas as opiniões do governo sobre o desenvolvimento fotovoltaico em larga escala na área de Tuscia ou se a decisão tem implicações para todo o país.O parceiro mais forte na coalizão de governo da Itália, o Movimento Cinco Estrelas, sempre foi claro em priorizar a energia fotovoltaica nos telhados.Isso se reflete em sua decisão de expandir os incentivos fiscais que oferece para reformas de edifícios e projetos de requalificação de energia - potencialmente incluindo sistemas fotovoltaicos de cobertura com armazenamento - para 110%.
Com o rooftop sozinho, no entanto, é improvável que a Itália implante 3 GW por ano na próxima década, conforme planejado em sua estratégia de energia.
15-06-2020
