A concessionária Tucson Electric Power (TEP), do Arizona, estabeleceu planos para fornecer 70% de sua energia solar e eólica até 2035, apoiada por investimentos em nova capacidade de armazenamento de energia.
A concessionária apresentou na semana passada seu plano de recursos integrados (IRP) ao regulador estadual, delineando planos para 2,5 GW de novas energias solares e eólicas nos próximos 15 anos e 1,4 GW de capacidade de armazenamento de energia à medida que fecha progressivamente suas usinas a carvão.
A concessionária disse que, devido às preocupações ambientais e à disponibilidade de energia renovável e sistemas de armazenamento de custo cada vez mais baixo, pretendia aposentar toda a sua frota de geração de carvão e reduzir as emissões de carbono em todo o seu portfólio em 80% até 2035.
“Estamos acelerando nossa transição para recursos energéticos mais limpos por meio de um plano econômico que apoia serviços confiáveis e acessíveis a partir de recursos cada vez mais sustentáveis”, disse o presidente-executivo da TEP, David Hutchens.“Reduziremos as emissões de carbono a um ritmo que nos colocará na vanguarda dos esforços globais para combater as alterações climáticas.”
Juntamente com os encerramentos já anunciados de centrais a carvão, a TEP disse que retiraria mais duas unidades, totalizando quase 800 MW até 2032;até 2035, a concessionária terá abandonado mais de 1 GW de capacidade de carvão.
Em vez disso, a empresa de serviços públicos concentrará o seu investimento em energias renováveis, armazenamento e alguma geração a gás natural.
Até 2035, o plano da TEP detalha a adição de pouco mais de 1,7 GW de nova energia solar e 846 MW de energia eólica.Além disso, a concessionária também planeja instalar 1,4 GW de armazenamento de energia até 2035, além dos 50 MW de armazenamento de energia em baterias já em serviço ou contratados atualmente.
Grande parte deste investimento é adiada para as fases posteriores do período do plano, com dois terços da capacidade de armazenamento prevista a entrar em funcionamento após 2030, altura em que se prevêem as descidas mais acentuadas nos custos de armazenamento.
“Manter um serviço confiável com níveis mais elevados de energia eólica e solar requer recursos de gás natural responsivos e eficientes, bem como armazenamento, que deverá se tornar muito mais acessível na próxima década”, disse Hutchens.“Nosso plano foi projetado para capitalizar essas reduções de preços para alcançar reduções ambiciosas de emissões de carbono sem comprometer a relação custo-benefício ou a acessibilidade.”
A retirada acelerada das centrais eléctricas a carvão em favor das energias renováveis e do armazenamento tem sido um tema definidor da série de IRPs anunciados pelas empresas de serviços públicos dos EUA nos últimos meses.Notavelmente, em outubro passado, a PacifiCorp, uma subsidiária da Berkshire Hathaway Energy, do investidor Warren Buffett, revelou planos para adicionar mais de 6 GW de energia solar e quase 3 GW de armazenamento de energia até 2038. Ao mesmo tempo, a concessionária planeja remover quase 4,5 GW do portfólio de carvão. da operação.
Isto foi ainda apoiado pelas empresas de serviços públicos em Indiana, Virgínia e Califórnia, que incluíram o armazenamento solar e de energia nos IRPs este ano.
30/06/2020
